Saṃyutta Nikāya 12.26

Upavana Sutta

Upavana

Em Savatthi. Então o Venerável Upavana se aproximou do Abençoado e depois de cumprimentá-lo, sentou a um lado e disse:

“Venerável senhor, alguns contemplativos e brâmanes afirmam que o sofrimento é criado pela própria pessoa, alguns contemplativos e brâmanes afirmam que o sofrimento é criado pelos outros; alguns contemplativos e brâmanes afirmam que o sofrimento é criado tanto pela própria pessoa como pelos outros; alguns contemplativos e brâmanes afirmam que o sofrimento surge ao acaso sem ser criado pela própria pessoa e tampouco pelos outros. Agora, venerável senhor, o que o Abençoado diz acerca disso? O que ele ensina? Como deveríamos responder se fôssemos dizer aquilo que foi dito pelo Abençoado sem deturpá-lo com algo contrário aos fatos? E como deveríamos explicar de acordo com o Dhamma, de tal modo que nada que dê margem à censura possa com legitimidade ser deduzido da nossa declaração?”

“Upavana, eu disse que o sofrimento tem origem dependente. Dependente do que? Dependente do contato. Se alguém dissesse isso estaria falando o que foi dito por mim e não estaria me deturpando com algo contrário aos fatos; estaria explicando de acordo com o Dhamma, de tal modo que nada que dê margem à censura possa com legitimidade ser deduzido da sua declaração.

“Nesse sentido, Upavana, no caso dos contemplativos e brâmanes que afirmam que o sofrimento é criado pela própria pessoa, e aqueles que afirmam que o sofrimento é criado pelos outros, e aqueles que afirmam que o sofrimento é criado tanto pela própria pessoa como pelos outros, e aqueles que afirmam que o sofrimento surge ao acaso sem ser criado pela própria pessoa e tampouco pelos outros—em cada um desses casos, o sofrimento é condicionado pelo contato.

“Nesse sentido, Upavana, no caso dos contemplativos e brâmanes que afirmam que o sofrimento é criado pela própria pessoa, e aqueles que afirmam que o sofrimento é criado pelos outros, e aqueles que afirmam que o sofrimento é criado tanto pela própria pessoa como pelos outros, e aqueles que afirmam que o sofrimento surge ao acaso sem ser criado pela própria pessoa e tampouco pelos outros—em cada um desses casos, é impossível que eles experimentem [qualquer coisa] sem o contato.”